Preparação e Educação para o Nascimento

O início da vida começa quando um casal se une e dessa ligação brota no ventre da mulher um novo ser, que é amado desde o dia em que é percebido pelos seus progenitores. As dúvidas surgem e talvez por isso, aqui estamos nós... Estimulopraxis - Telheiras Tel. 21 7104130 Zuddhakidz - Lumiar Tel. 916 292 881

sexta-feira

Bebés Prematuros

Um bebé é considerado prematuro quando nasce antes da 36ª semana. Em Portugal, o limiar de sobrevivência é aproximadamente as 25 semanas. Nascem aproximadamente 1100 bebés prematuros por ano, em todo o país.

“ Um bebé que nasce de 25 semanas é do tamanho de um fio de esparguete, a cabeça equivale ao tamanho de uma bola de ténis, o peso é o aproximado ao de 2 laranjas médias (600g), uma aliança de senhora serve-lhe de pulseira e o sangue que lhe corre por todo o corpo equivale a um frasco de 50 ml de perfume”.

Existem factores de risco que podem estar ligados a partos prematuros, como alcoolismo, drogas, stress, fumadores, diabéticos, gravidez de gémeos, entre outros.

Quanto mais próximo dos 2 kg estiver menor serão os riscos. Um prematuro com grandes riscos será aquele que tenha menos de 1,5 kg.

O prognóstico de um bebé prematuro baseia-se em vários factores, como idade gestacional, peso de nascença e maturidade dos órgãos. Um bebé que nasce prematuro tem inúmeras complicações, pois o seu desenvolvimento não está completo e por conseguinte, não respira sozinho, não come sozinho, não é capaz de equilibrar a sua temperatura corporal, etc.

Existem estudos que mostram, que quando por razões diversas estes bebés prematuros não podem ter os pais ao pé de si, tanto quanto seria desejável, os enfermeiros e médicos substituem-nos. Pois, é sabido que um bebé numa incubadora “vazia de pais” tem menos probabilidades de um bom desenvolvimento. Deve-se enriquecer o mais possível o mundo envolvente, neste caso a incubadora, com bonecos, música, etc. Os pais devem ser incentivados a manterem uma interacção o mais rica possível com o seu bebé, apesar de todas as limitações que uma incubadora implica.

Estes bebés ficam afastados fisicamente dos pais. Sonham ter um bebé, sair da maternidade com ele nos braços, sonham com ele em casa...e vão para casa vazias, as mães são normalmente mães deprimidas, que se sentem culpadas e incapazes de dar o afecto que se esperaria, isso afecta tb o desenvolvimento deles. A mãe é normalmente uma mãe ansiosa, triste que passa essa ansiedade e tristeza para o bebé, que não vê um sorriso nos seus lábios, um toque seguro.

Tudo isto tem a ver com uma coisa chamada, vinculação que é afectada principalmente pela diferença entre o bebé sonhado pela mãe durante a gravidez e o bebé real que nasce, que necessita normalmente de cuidados, perturbadores de uma vinculação eficaz.

É importante ter em conta, que um parto antes do tempo, não só é prematuro para a criança, também o é para os pais, é sempre um choque e as reacções dos pais são diversas, dependendo de múltiplos factores e da própria personalidade dos pais.

Um bebé prematuro, não deve à partida ser considerado como um “bebé problema”, existem inúmeros factores a avaliar. As posteriores complicações no desenvolvimento dependem em grande parte do ambiente familiar em que essas crianças vivem.

Uma situação complicada para os pais, é estes imaginárem que o seu bebé está a sofrer, porque está todo ligado a tubos e a fios. Torna-se portanto, necessário apoiar os pais e explicar-lhes que de facto os bebés sentem um certo desconforto, mas que não sentem grandes dores porque estão anestesiados.

No 1º ano de vida, do ponto de vista, psicomotor, existem atrasos de desenvolvimento nos bebés prematuros em relação a bebés de termo, que pode durar até aos 4/5 anos. Ao nível emocional, devido ao risco, leva aos pais a não possibilitarem a autonomização.Existem estudos que descrevem as interacções dos bebés prematuros nos primeiros tempos (primeiros dias) após irem para casa, como menos próximas. Isto pode ser explicado pelo facto dos pais terem um pouco a tendência a tentar preservar um ambiente calmo para o bebé. Passados uns dias, quando os pais se apercebem de que está tudo bem, e ganham um pouco de confiança, as interacções tendem a aumentar.

É também de ter em consideração que estes bebés tendem a ser menos responsivos às interacções, o que também intervém.

Brazelton acredita que as capacidades de interacções e de estados de consciência são inferiores às dos bebés de fim de tempo.É tambem sempre relevante, no que diz respeito às respostas dadas às interacções, as próprias características de cada criança (existem umas mais calmas outras mais dispertas).

Tudo isto pode ser resolvido, através da maturação dos bebés e da respectiva ajuda aos pais que por sua vez ajudaram os bebés. Um bebé prematuro que tenha uma hiper-estímulação por parte dos pais pode andar mais cedo, falar mais cedo do que outras crianças que não tiveram problemas de parto.

Rute Borges

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